Air France-KLM formaliza interesse na compra da TAP nas próximas semanas

O presidente executivo da Air France-KLM anunciou esta quinta-feira que a companhia aérea vai formalizar a manifestação de interesse na compra da TAP nas próximas semanas, até ao final de novembro.

Mariana Ribeiro Soares - RTP /
António Antunes - RTP

A informação foi adiantada pelo presidente executivo do grupo de aviação franco-neerlandês durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados do terceiro trimestre, divulgados esta quinta-feira.

"Apresentaremos a nossa carta formal de manifestação de interesse no final deste mês", afirmou o CEO da companhia aérea francesa, Benjamin Smith.

Os interessados na compra da transportadora portuguesa têm até às 16h59 dia 22 de novembro (hora de Portugal continental) para submeter a declaração de manifestação de interesse e de cumprimento dos critérios de admissão junto da Parpública, a gestora das participações do Estado em empresas públicas.

Questionado se o grupo tem estado em contacto com o Governo português ou outras autoridades recentemente, o CEO disse que "isso ainda não aconteceu até hoje", mas espera que a manifestação de interesse "dê início a um processo oficial, no qual começaremos a reunir-nos com as principais partes interessadas, incluindo o Governo".

O CEO disse ser "muito cedo" para dizer se o processo de venda está a correr bem, referindo que "nos próximos dois meses" já estará em condições de o fazer. O Governo aprovou em julho a reprivatização de 49,9% da TAP, incluindo 5% para os trabalhadores, e prevê que o processo fique concluído no prazo de um ano, dependendo das autorizações de Bruxelas.

Esta reprivatização poderá ascender a 49,9% do capital social da TAP, através de uma venda direta de referência de até 44,9% do capital social da companhia ao investidor de referência e de uma alienação de até 5% do capital aos trabalhadores do grupo.

Até ao momento, a Air France-KLM, a IAG (dona da Iberia e British Airways) e a Lufthansa foram as companhias que manifestaram publicamente o seu interesse, mas o processo de privatização também está aberto a potenciais investidores fora da Europa.

c/ Lusa

 

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